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L'engagement : Breve explicação.

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quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Imaginando





E se não houvesse os caminhos,
Onde perco o que procuro?

E se não houvesse a mentira,
A dor, o absurdo?

E se não existisse o porém,
O porquê e o inexplicável?

Ou a dor que me persegue?
Ou o medo do acaso?
Ou a tristeza... A solidão?

E se não houvesse a saudade?
Que machuca, dilacera.

E se não houvesse a fome,
Naquela maldita viela?

E se eu não pudesse reinventar-me,
Ter ilusão?

E se não houvesse isso tudo...
Para que serviria a minha imaginação?
(Jessiely)

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Folha Morta



Eu sou a folha que cai no chão
Expulsa da árvore,
Escolhida a dedo pelo acaso,
Dormindo na quentura do asfalto
Que treme nas entranhas
Enchendo-a de medo.

Enquanto sente o calor
Queimar sua pele amarela,
Anseia o sopro do vento
Para levá-la ao anonimato daquela
Vazia viela.

Mas não tem vento.
E se não tem vento, o tempo
Carrega os carros que vêm
Passando no sinal verde.

- verde eram as outras
ainda presas na árvore,
antigas companheiras -

O vento não veio mesmo.

A pequena folha morreu no asfalto esmagada
E a visão do céu foi lhe foi tomada
Por pneus negros
De borracha.

André Espínola

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segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Sobrevive







Converso com o relógio
E bebo junto com os ponteiros
Mais uma dose da tua ausência

Danço tango com o tempo
E embriagado
Eu gargalho da dor
Conto para a lua nossa historia
Ela como boa amiga, conforta-me
Dizendo que todo amor verdadeiro
Sobrevive a dor, a ausência e ao tempo


(Marcos Meurer)

domingo, 28 de outubro de 2007

Louca e Pura





Lua
Na amplidão
observando-me
solitária
Esquecida,

redonda
pálida
nua

Não creia que sou
inocente
Ou que não conheço
Meu lado (obscuro)
Também tenho fases
Conheço estas ruas.

Sei que sigo sozinha
Essa estrada
Saiba, conheço
Tua forma de zombar
Disfarçada.
Finge que esconde segredos:

(- Não sei
Onde esta meu amor
Não me conte
Mais dissabor
Tenho medo.)

Vou seguindo;
A noite é clara,
A estrada fechada,
Iluminada por vaga-lumes.

Quero os braços
De quem amo
Para que não
Cesse o encanto
Nem a solidão
Se acostume.

Refaço a rota
Volto ao quarto
No reencontro
- sou louca
E pura -

Fecho as janelas
Não deixo frestas
Para a Luz

E os nossos
Corpos nus
Tu não verás

Lua.


(Jessiely)

Papéis Trocados

A noite é um passeio da morte por entre a cidade
Que dorme seu sono cansado e nervoso,
Bebendo junto aos bêbados soltos
Na madrugada.

A inércia de tudo não anuncia um jazz louco
Que toca em bares no meio de ruas
Negras, suadas e desertas.

- o vento carrega para longe
o solo seco e solto do saxofone,
e o frio que consigo traz e leva
é um banho de vida que a morte entrega -

Na noite a morte se embriaga
Com tragos nos lábios de putas em fim de expediente,
Como um carente cliente
Que com carinho a beija e a afaga.


Na manhã ela retorna ao seu ofício
E espalha suas vítimas que dormiram tranqüilas
Nas suas camas quentes e forradas.

- os óbitos da noite
foram assassinados pela própria vida -

André Espínola


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sábado, 27 de outubro de 2007

Teu Silêncio



Ecoa impiedoso
E me deixa perdida
Entre sonhos loucos
De uma vida antiga

Vagueia
Por esta
Sala branca
E me deixa
acuada
À margem da vida

Lembro-me
Um dia houve festa,
Vozes, sorrisos;
E não faz muito tempo:
Tu estavas comigo.

Agora
O silêncio impera
E meu olhar
Presta-se
A algum vício antigo

Odeio estar só
E ouvir o que fala
A minha consciência:
Não quero crescer
E perder o que resta
Da minha inocência

Tenho medo do escuro,
Tenho medo da morte,
Medo de perder a direção.
Porém
O maior dos meus medos
É estar em silêncio
E não ouvir teu coração.

Medo de ouvir só teu silêncio...
Perder-te para a solidão.


(Jessiely)




sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Hoje,Moribundo.



A minha vida,
passou como tudo que passa na vida,
só não passou o que dava graça,
o amor que tenho por você.

Disse-me Adeus,
só porque deu quase tudo
errado,
sem dar chances de poder
consertar quase tudo.

Hoje,
mais próximo do meu último momento
permaneço calado,
e só o barulho das lembranças
dos dias felizes de outrora
correm por esta casa.

Da mesma forma,
que me encontro agora
era como ficávamos
depois de uma briga qualquer.
Mas hoje,
esta lembrança só pertence a mim.

Quem no final desta vida
vai aturar meus absurdos?,
Quem vai suportar os meus abusos?,
E para quem, faço as últimas promessas de amor?,
você foi embora
antes que eu pudesse estender-lhe a mão
pela última vez, e fechar os olhos.

Sou apenas eu,
com a última esperança
de que possas me ouvir
pela última vez :"te amo",

Eis o último pedido,
vindo hoje,
de um moribundo.



Thiago Henrique.
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Ciclo de Manadas




Após a passagem da manada
De ônibus gigantes,
Escuta-se apenas
Um silêncio fúnebre.

Parece que assim
As coisas sem vida começam
A conversar entre si.

O asfalto agradece a iluminação
De um poste que fode,
A calçada que não foge,
Penetrando-a para além do chão.

E um plástico branco deixa-se levar
Como um bêbado na cidade,
Que no meio da noite não sabe
Para onde vai, nem de onde vem.

O som volta,
O silêncio se cala
E a vida acorda.

E lá longe, em manadas,
Novos ônibus vêem.

E mantém
Esse ciclo que nunca acaba.

(André Espínola)


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quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Inerte


Pendurada na corda bamba
Dos meus sonhos,
Desafio à gravidade,
Inerte e imune
À realidade.

Trago teu silêncio
renitente
Para meu quarto.

Madrugada nas cortinas,
Despida Lua
E teu retrato
orvalhando
Pela cidade.

Pobre de mim
Que lancei
Meus desvarios
Sob o nada
E perdi
Minhas razões
Em certezas absurdas.

Pobre desses sonhos
Tão mutantes,
metamorfoses
Lancinantes,
Mãos fecundas.

- há sempre uma
tristeza
Nessa sala
Que me inunda -

Nesses momentos
De insensatez profunda,
Sou menina.

E apenas
O teu olhar
castanho

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Surya





O Sol
Que alimenta
Seu corpo
Nas madrugadas
Sem vida

Nasce em meu ventre
E te guia
De encontro ao céu:
Raios de Surya

O corpo que banho
A luz
Que a clara manhã
tece

É o mesmo
Que na noite
Foi teu
E o calor
Que se entrega,
entorpece

Ah, noites!
Nas quais te beijo
E renasço
-Entre prazer
E espelhos-

E que no fogo
No breu
Explosões...
Sol do escuro


Te aqueço.


(Jessiely)



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A Criança e As Formigas


Numa multidão de formigas
Saciando-se em ordem absoluta
Nas gigantes minas
Dos pedaços de bolo estragado,
Eu sou a criança que mira
Gigantes gotas d'água
Em suas cabeças mínimas,
E se regozija
Ao vê-las, desordenadas
E perdidas,
Correr de um lado para o outro.

Cadê a paz?
Cadê a segurança?

No sorriso inocente da criança.


(André Espínola)


terça-feira, 23 de outubro de 2007

Perfume de Mulher




Meu coração
Às vezes é janela,
Às vezes, gaiola..

E me deixa sempre assim
Meio amparada,
Meio só.

Meu sentimento
Não tem regra:
magoa,
chora.

Noite fria
Me reclamo
Mas, não sei
Se me zango
Ou se me tenho
Dó.

(teu amor),
Ah, nem sei,
Tenho medo
(De ser só)


Meu passarinho
Não te prendo,
Nem te privo...

Repara bem
Se não sou
Ilusão de ótica
E se me quer.

Não tenho
Tantos atributos
Quanto a Rosa
Mas, não
Me ressinto.

Prefiro ser
Girassol...
Com perfume de mulher.

Meu coração
É meio janela,
Meio gaiola


estarás
preso
A mim
se
Quiseres


(Jessiely)

Afrodite em Boa Viagem




Na beira da praia de Boa Viagem,
Meus olhos fitam atentos o mar,
Como que à espera
D'alguma aparição divina.


Talvez saísse de lá
Com o corpo molhado e nu, Afrodite,
Como saiu em tempos antigos
Das espumas fecundadas da Ilha do Chipre.


- enquanto as ninfas cantavam
e os deuses excitados regozijavam-se,
alguém na beira da praia chorava
sozinho e triste -

Mas Afrodite não vem.

Nem tu também
Emergirás das águas do Recife.




(André Espínola)

Maracatu





O Corpo corresponde
Aos apelos do som
Que me impõe
A cidade antiga

Os braços flutuam
Entre o Céu e a rua,
Entre a torre e o mar,
Entre o vinho e a Lua.

A ciranda que tece
O bailar ritmado.
Os pés que batem
Com força no chão

Um barco que aporta,
Um farol que ilumina,
A escada sem fim,
Que descortina a imensidão.

E o vinho
Que despertou as lágrimas
E te sorveu para o meu coração.

A Rua da Moeda,
As nuvens carregadas,
E a chuva
Que cismou em não cair.

Agora
Ouço
Maracatu
Longe
De ti.

(Jessiely)
Comunidade da autora :

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Em verdade Amor Verdadeiro.




Vivi,
Toda uma vida,
Em busca de um amor verdadeiro.

Não percebi que,
Amores verdadeiros,
Realmente não existem,
Da forma que se imagina.

Até mesmo quando, existem falsas promessas,
Ficam á fazer parte do que é verdadeiro,
Pois mais ainda quando não há possibilidades,
Grande é a vontade de se fazer cumprido,
O desejo que expõe o amante!.

Amores verdadeiros,
São simplesmente,
Espelhos que refletem o amado,
Cheio de defeitos,
Confusões,
Decepções e incertezas (...),
Mas são puros,
Em essência.

Demorei para descobrir,
Que o amor verdadeiro,
Não está ligada ás formas incondicionais de doá-lo,
De todo santo dia,
Nem mesmo,
A promessa de dois ocuparem o mesmo espaço,
Todos os dias,
Pelo resto da vida.

Para tê-lo,
É preciso saber aceitá-lo,
Pois,
O verdadeiro amor,
É simplesmente,
Humano.
Autor : Thiago Henrique.
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