Após a passagem da manada
De ônibus gigantes,
Escuta-se apenas
Um silêncio fúnebre.
Parece que assim
As coisas sem vida começam
A conversar entre si.
O asfalto agradece a iluminação
De um poste que fode,
A calçada que não foge,
Penetrando-a para além do chão.
E um plástico branco deixa-se levar
Como um bêbado na cidade,
Que no meio da noite não sabe
Para onde vai, nem de onde vem.
O som volta,
O silêncio se cala
E a vida acorda.
E lá longe, em manadas,
Novos ônibus vêem.
E mantém
Esse ciclo que nunca acaba.
(André Espínola)
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