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L'engagement : Breve explicação.

O L´engagement nasceu no Orkut e conta com mais de 1500 leitores assíduos.

Os poetas Marcos Meurer, André Espinola, Thiago Henrique e Jessiely Soares , postam aqui seus poemas e prosas.

Todos os dias, um texto inédito ao seu alcance!
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segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Aguarde. Uma Boa Viagem


Aguarde.

Aguarde a passagem de imagens
Sempre iguais.

De carros
Indo e vindo
Nas BR's
Que parecem
Ter seus asfaltos
Naturais.

Aguarde a passagem de casas
Anônimas na beira da estrada.

E camponeses
Cuidando de suas vidas
Como cuidam
De bodes
E
Cabras.

Aguarde o sol cansar-se
Do esconde-esconde
Nas nuvens.

Em breve estará nu,
Lá em cima,
Sobrepondo serras e montes
Como amarela tinta
Perdida
No canto
De um quadro azul.

Aguarde a passagem das inúmeras
Plantações de cana de açúcar.

Irmãs gemeas umas das outras,
Formando todas juntas
Macia cama
Às costas
Deformadas
De um gigante.

Aguarde a passagem do ano
Em cento e não sei quantos
Quilômetros.

Aguarde,
Já comprei a passagem.

Estou chegando.

Enquanto...
Tua voz chega em segundos
Pelo aparelho telefônico,
Desejando:

- Boa Viagem.

André Espínola

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Café & Revista!







O Poeta Thiago Henrique, estréia hoje no site Café & Revista de Chérry Filho(Jornalista) relatando sua visão sobre esse novo momento da literatura em nossa época, confira :http://www.cafeerevista.com.br/blog.php?id=28 toda semana, na coluna Literatura e Poesia, um novo tema!






e não deixe de nos dizer o que achou, você faz parte desta caminhada, Vamos juntos!.






Thiago Henrique -

Falsos Intelectos.




Hoje,

Intelectos que vão de encontro,

á minha expressão,
Racionalizam meu coração,
Em tristes teorias!.

Por causa disso,
Não cairá em prantos,
Este vagabundo,
Que imita os “lírios do campo"(...),


Ora falsos intelectos!,
Hei de comer,
Com estes versos que te alimentam.


Autor : Thiago Henrique
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terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Segredos




O rio sussurra
Durante a passagem
Silêncios inabitáveis

Só aquela flor
Desbotada,
embalde
Conhece os mistérios
Que
____v
_____ã
______o...
_______v
________ã
_________o...
Em sua eterna
susceptibilidade

As águas mansinhas
E turvas
Oriundas de tantas
fúrias
Não conversam
Com o mundo
Em meio à escuridão.

Apenas aquele
Resquício de vida
Minúscula e
Descolorida
Contém os
amores
E as esperanças
perdidas
Que o rio
sussurrou

- Dos trigais
A deitar
Com a força do vento
Dos moinhos
Dos filhos
Dos mananciais
E o choro de Deus
Que serenou
Em tantos cais-

Descalça
naquelas
águas
Nada ouço
O segredo emudeceu.

Que seja!

O que passa
Guarda um silêncio
fadado
Àquela
______flor
________que
___________O
__________vento
____________enleia
________________e
________________Que
__________________não
_______________saberá
_______________nada
_____________além
____________que
___________seu
_______próprio
____passado

Eu Fico
_____às margens
________Sem compreender
_____O ciciar
Do rio

Mas posso esperar
Meu futuro
De olhos fechados.




(Jessiely)

sábado, 1 de dezembro de 2007

Nano

Minha pequenez de ser humano

é tão grande

que gostaria

de ser

-menor-

ainda.

Como um imenso romance

.....................(que enxuga suas linhas)

E reduz seu tamanho.

Termina

Um

nano

.

De 128 caracteres.


Autor: André Espínola


quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Esquecida Paixão.



Do que valem as palavras,
Do que vale todas as paixões que ela é capaz de traduzir?,
Palavras sobrevivem ao tempo,
E os amantes perecem,
E delas se esquecemem um outro momento.

A vida que consta nos versos,
É eterna,
A intenção da qual nascem,
Podem aflorar,
Mas é como se nunca tivesse existido.


Bem aventurada é a escrita,
Que em novos corações,
Faz morada,
E de coração em coração,
Escrevem a tradução daquela primeira paixão esquecida.


Autor : Thiago Henrique



terça-feira, 27 de novembro de 2007

Obra Prima




Não é mais,
Uma banal carta de amor,
É apenas mais um poeta,
Derramando suas lágrimas,
E borrando a tinta.


Quando as letras,
Perderem a graça,
E acabar todo encanto,
Juntarei a areia do mar,
E para uma nova canção,
Darei teu nome.




Mas se não for lido,
Se gritar,
e não for ouvido,
E o tempo soprar levando,
Embora a letra do teu poema,
Da tua lágrima á rolar pelo teu lindo rosto,
Farei minha obra prima.


sábado, 24 de novembro de 2007










Nos teus olhos verdes,
Há duas pequenas poças de mar
Fora do oceano.

As águas são calmas,
E Netuno não é soberano.

Não preciso de vento
Nem de vela.

- Éolo que mande seus ventos
para outros cantos! -

Basta-me teu olhar,
Para neles seguir navegando.

Autor: André Espínola

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Te Guardo aqui


Parada
Não sou areia
Nem ventania
Sou como onda
Já rebenta
Em teu olhar

Paraíso?
A inércia
Dos minutos ritmados
Com o bailar
Dos teus cabelos
Vento manso
Espuma branca
Mar bravio
Ainda trago
Tuas marcas
Em meu espelho.

Sabe-se lá
quantos
monstros
marinhos
perderam-se
Nas vagas
Que insistimos
Em atravessar.

Terra firme
Não tão firme
Quanto tua voz
escondida
Sob seixos,
Sob relva
respingos
salgados
Que se misturam
Ao vinho
No silêncio
________[da espera].

Minha voz
perdida
Na tua
Onde o mar
De ambos os lados
Chora e lança-se
Entoando cânticos
As deusas nuas
Porém tristes

- eu canto
apenas
Para agradecer
Que tu existes-

Dormem em seus leitos
Vis tesouros
naufragados
De tantos navios
Que passaram
E eu não vi.
Na terra firme
Vive meu anjo
barroco
De tão
embriagado
Em seu vinho
barato
Nem desconfia
Que o observo
A dormir.

Enquanto
As sereias nuas
enfeitiçam
Os canoeiros
Eu te guardo
Aqui.
(Jessiely)

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Luzes dos Postes da Cidade

















Foto: Pracinha em Recife, de Felipe Ferreira

Salve as luzes dos postes da cidade
Que me guiam à desconhecidas ruelas,
E a desertos
E secretos
Lugares.

Onde há rua,
Mas nela não passa carros,
Enquanto a calçada insinua
A virgindade de passos.

Salve as luzes dos postes da cidade,
Aqueles que nunca se apagam,
Pois os que apagam
São inimigos da civilidade
Vagabundista,
Que do mar não resgata
Seus filhos naufragados no submundo
Da madrugada.

E salve!

Salve as luzes dos postes da cidade!

Porque não quero ficar bêbado no escuro.

André Espínola

Em breve: Poemetos, de André Espínola




EM BREVE NOVAS INFORMAÇÔES SOBRE
O NOVO TRABALHO DE ANDRÉ ESPÍNOLA
EM PARCEIRIA COM FELIPE FERREIRA.
POEMETOS!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Belos Absurdos.




Se deixe emocionar,
E minhas palavras te levarão,
Á uma nova estação.

Não me deixe pagar,
Por todos que não tiveram a verdade,
Mais do que uma prioridade,
-uma devoção-,
E não deixe que esta maldade,
Sufoque essa paixão!.

Espero te encontrar,
No infinito azul escuro,
Da ilusão(...),
E em passos apertados,
Sair pelo mesmo ponto de fuga,
Que com seu batom desenhei.

Que meu corpo,
Em seu corpo,
Sejam símbolos de um sentimento maior,
E não costumeiros desencontros.

Dá-me,
O gosto que procuro,
Que promete a perfeição do contorno de teus lábios,
E a dignidade de não precisar,
Ajoelhar-me(...),
Pois passou uma estrela cadente,
E novamente,
Creio em tudo,
E mais uma vez disposto á viver,
Belos absurdos.
Autor : Thiago Henrique

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Tela de Monet


Sinto
Quando te olho
Que somos
Tal qual
Uma tela
De Monet.

De perto
Somos pingos
E respingos
Misturados.
matizes
embriagados
Tornando o concreto
(des)concreto

De longe
Se nos olharmos
veremos
Que somos
desenho
Que o destino
pintou
Certo.

Uma bela tarde de Sol
Uma ponte que cruza o jardim
Um canteiro
Rasgado a um canto*

Teu sorriso
Cheirando a Carmim
perdido
Entre flores
machadas
Minhas mãos que
Desenham tuas mãos
Brincando com
A sombra das calçadas
Tudo isso passaria
fugaz
Se não fôssemos
pintura
arraigada

Sim,
Tenho ainda mais
certeza
Somos tela nova
Ainda escorrendo
A tinta molhada
Somos mais que desenho perfeito
Somos pingos
pingados
No peito
De algum artista
bêbado
Da madrugada.

(Jessiely)





Gritem ventos do sul
Açoitem os mares
Como quem castiga
Um escravo vadio
Mas deixa-me aqui.
.
Gritem ventos do sul
Devastem as costas
Como a cólera de deus
Que a muito jaz cansado dos seus
Mas deixa-me aqui.
.
Gritem ventos do sul
Uivem ensandecidos
Como lobos esquecidos
Vindos de Vera Cruz
Mas deixa-me aqui.
.
Gritem ventos do sul
Desfaçam-me em cinzas
Atirem-me as covas do esquecimento
Mas não deixem que aqui
Eu viva mais um dia sem ter de volta
Todo o carinho dela.

sábado, 17 de novembro de 2007

A Fábrica.


Eu tinha uma idéia,

de construir uma fábrica sem caldeiras,

pois quente já é meu coração.


Eu tinha um dom,

dom de perdoar os amigos,

que me abandonaram,

hoje tenho,indignação por ainda amá-los.


Teria eu,

de fazer terapia em grupo,

e vencer um dia por vez,

a dor de não ter você.


Tinha e tenho tantas outras coisas,

mas do que importa?,

minha vida rego á vinho,

é tortuosa,

e certa nestas linhas.


Á quem mais dizer este segredo?,

choraria hoje em seu ombro,

pois foi perdida minha fábrica de sonhos.



Thiago Henrique


quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Girassol em meu olhar



Ninguém avisou
Que os segundos
Magoam o peito
Que antes eu
Julgava indolor.

Ninguém
explicou
Que o girassol
Em meus olhos
chora
E cada lágrima
derramada
Carrega um pouco
Da sua cor

Mas eu descobri

Meu rosto manchado
De certo matiz
Marrom amarelado
Carrega a dor
Solene da saudade

E essa brisa
indomável
Que carrega a chuva
Afaga os meus cabelos
Traz gotas
De orvalho:
Pura maldade.

Me deixam
calada
Com canções imaginárias
Pedaços de solidão
Numa terça feira
À tarde.


(Jessiely)



quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Poço Inesgotável


Quando olho para o mar,
Já não há mistério,
Tudo parece desvendado

Por antigas poesias.
Mas tu, não.

Esperas para ser desvendada
Pelas minhas.

Acabam-se letras,
Palavras,
Metáforas
E linhas.

Enquanto tu continuas
Um poço inesgotável de poesias.

André Espínola

domingo, 11 de novembro de 2007

Sobras de Nóe





Desconsolado estou,

triste em minhas andanças,

na ausência de mim mesmo,

encontrei minha triste existência.


Dos amigos,

que não fiz,

pensei em tê-los,

como agora repenso (...),


Quanto amor, meu amigo!,

quanto tempo perdido,

que gritava só dentro do peito deste vagabundo.


Houve tantos ouvidos,

e agora há tanta mente desgastada.

E,

agora vivemos num principio,

de apocalipse em pleno ápice,

caímos do topo pela sorte deste apogeu,

este é o fato,de haver tanta gente mais perdida do que eu!.


Meu doce amor,

hoje vive submerso,

no fundo escuro deste copo,

enão sou eu,que vai esperar o retorno,da terra prometida.


Eu sei,

não sou daqui,

mas estou entre vocês possiveis amigos!,

nas sobras da canoa de Noé,

com a promessa de furar.

Quando se der tal situação,

pela bondade da maré,

estaremos afogados,

estaremos (...),

salvos.

Thiago Henrique.

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Esperança Arrependida.




Trago no peito a esperança,

de quando lhe encontrar novamente,

dizer-te que já não a quero mais.
E,

não importe o feitiço do sorriso,

que irá lançar sobre mim,te direi ainda :
"já não encontrará no encontro de nossos olhares,

o mesmo brilho que ocupava o vazio da alma."
Porém esmureço,

antes de fazê-lo,

quando tuas mãos tocam essa minha última esperança,

me arrependo,

de todos estes pensamentos que não pratiquei.


Thiago Henrique.

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sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Canta Um Jazz Pra Mim


O céu gigante
Sob minha cabeça
Foi pintado na parede
Distante
Do Universo.

E tu te pareces com ele.

Não teu corpo,
Ou tua voz parecida
Com a de Nina Simone,
Cantando um jazz anônimo
E sem nome.

- só ao ouvi-la
troco versos
em estrofes dissonantes -

Mas tu és como o céu,
Tão longe, e ainda assim,
Tão perto.

O movimento das tuas nuvens,
Posso senti-los daqui.

Então amor, canta um jazz para mim.

André Espínola

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quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Entre as mãos


Vejo a borboleta
Que perdeu o rumo
Entre as promessas
(des)feitas.

Resignada
Ao fim
Em idade tão tenra
Ela ainda
Oferece à vida
A cor intacta
Da alma.

Vã oferenda

A vida detém as cores
E almas
furtivas
Tão ou mais coloridas
Que a dela, sutil
E já desfeita.

Só não tem
O detalhe
infinito
Da paisagem
Que desenhaste
No foco
Do meu olhar

Nas mesmas ondas
Que todo mundo

Que beija a areia
E apaga os beijos
Ao retornar

Tu d(escreves)tes
Um caminho
traçado
contínuo
Ao segurar minha mão

Nossos passos
Não ficaram
Mas a vida
Tingiu meus pés
Despistou segredos
Confessou sua razão.

O amor deixa suas cores
A vida se esvai
Mas as marcas que o mar
Não carrega
A brisa traz
escondida
Entre as mãos.



(Jessiely)

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Dia de chuva


Não suporto dias de Sol.



Nesses dias fico mais vulnerável, mais entregue.



Preciso ter um rosto falsamente feliz e estar normal em meio aos normais. Manhãs assim eu tenho que ser simpática com a vizinha chata, com o primo metido e com aquela menina que roubou meu namorado quando cursávamos o primeiro ano do ensino médio. Eu sei, faz tempo, mas ainda não gosto dela.



As pessoas passam e me olham nos olhos, me vêem por dentro! Sinto-me frágil, inconsistente, descoberta. Fico inútil diante das visões alheias sobre a minha incompetência em ser um Ser humano.



Porém, hoje não.
Hoje está chovendo.



Ruas molhadas, trânsito lento e árvores que balançam como se agradecessem as grossas gotas de chuva que caem e desfiguram a paisagem.



Todos na cidade, levantam de suas camas quentes reclamando.


Menos eu.


Já escolhi a minha roupa mais escura e o guarda chuva preto, sairei absurdamente feliz e ninguém, nenhum daqueles transeuntes me notará. Hoje eles estarão imersos em suas próprias impossibilidades.



Enquanto eu seguirei, perdida em minhas paixões inconseqüentes e estarei invisível entre os normais.


Serei, indescritivelmente, eu.


(Jessiely)

O que dirás?


O que dirás?
Quando o dia raiar
Quando o galo cantar
E eu vier a partir
O que dirás?
Quando o gelo partir
Quando a vida findar
E a morte vier me sorrir
O que dirás?
Quando a grama morrer
Quando o amor se perder
E a solidão não mais te servir

Te dirás feliz?
.
Marcos Meurer

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Última Atribulação.




Qual é a justa medida?,

qual a paga por viver esta vida?

já não me compram com belas mulheres,

nem com a mais forte bebida,

já se passou o tempo, que eu tinha essas fantasias.

Das folhas que caem do calendário,

já não conto mais,

aprendi a notar a velocidade do tempo,

e,

errado é tentar medi-lo.


Passar-se-á então todas as constelações,

até o mar novamente voltar á deserto,

debaixo do mesmo céu,

sobre a mesma terra que tudo recebe,

e encontrei a mesma questão,

todas as vezes,que me lembrar de teu nome :

" Por quantas vidas,

e,

em quantos mundos,

estaremos distantes?".´


E,

com pesar,

sobreviverei mais uma vez,

por debaixo desta última atribulação.


Thiago Henrique.


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Ca(a)tinga do Coração


Se tu desdobraces meu coração
Da morada tranquila do meu peito
Tal qual um corte
No bucho inchado de um bode
Desferido pelo facão
Enferrujado
Do sertanejo,

Verias que ele tem
A catinga da caatinga
Das mais ensolaradas manhãs
Inundadas pelas águas poluídas
Do canal da minha Agamenon Magalhães.

Pois eis meu coração,
Em sua forma pura,
Cardíaca,
Sem idealizações.

Ei-lo na tua mão.

Abraçá-lo-ias ainda?
Ou tuas poesias,
Todas,
Fora jogarias?
André Espínola

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Véu de Estrelas


Durante a noite
Preso no firmamento
Um véu de brancas estrelas
Desenha teu rosto.

Eu, inanimada
Apenas imagino
Se no teu infinito
(re)desenhas meu corpo.

No que penso
Defino
Entre tantas invenções

Um encontro
Um destino
(segundas) intenções

E fico
Sagradamente deitada
Sob o céu de antigos
Sonhos estelares

E se miras
Meu rosto
Do teu trono
Sobreposto
Sobre os anos-luz universais

Verás que sou pedaço
De tua constelação
Estrela
Que te alimenta de luz

Nada mais.




(Jessiely)

domingo, 4 de novembro de 2007

Expressão sem Tinta.


Queria pintar um quadro,

mas não decidi sobre o tema(...),

talvez,

nada precise realmente pintar,

pois não há como expressar á tinta,

minha alegria ao ver teu sorriso.



Thiago Henrique.


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sábado, 3 de novembro de 2007

Praia das Utopias.



Sou toda uma promessa,

que fizeste por uma vida,

de felicidade.

Sou a paixão,

onde nas noites quentes,

escondo de ti,

teu sono,

roubando teu equilibrio,

e suspiros do teu corpo.

Sou,

simplesmente o que nasci para ser,

sua pertubação nos dias tranquilos,

e sua tranquilidade,

quando da paz de espirito não mais se lembrar.

Sou o abismo,

que tua mente toca,

as fantasias da garota,

e o desejo de realidade da mulher.

Sou todo o temporal,

que passa pela sua vida,

e também o sol,

depois de uma noite em lágrimas(...),

sou o casal de um par.

Sou,

tua praia de utopias.


Thiago Henrique.

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Poesia Muda do Mundo




Enquanto eu escrevo esta poesia
O restante do mundo faz o mesmo.

Os pássaros escrevem suas aventuras
Pelos caminhos inconstantes do vento
Num galho de árvore,
Que, por sua vez,
Escreve poesia como pequenos pensamentos
Registrados na madeira do tempo
De seu caule,
Onde também serve
De página marrom para vermes,
Lagartas e formigas
Que escrevem as impressões mortas
De suas vidas.

- por isso os hastes
das árvores
são cheios de rugas -

A minha poesia,
Em sílabas e metáforas mal colocadas,
É fraca e pobre.

A deles é mais rica.
Genialidade muda.

André Espínola

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sexta-feira, 2 de novembro de 2007

O Pior Inverso dos Medos.



Você não é minha alma gemêa,


minha alma já é bastante pertubada assim,


sozinha.


Deixe meus sonhos em paz,


não queira me fazer disparar o coração,


por um beijo,


pois acordado já tive incontáveis e melhores.


Não queira vir provar á mim ,


que depois que te conheci,


já não aprecio mais o velho e bom vinho,


se você não estiver ao meu lado para tilintar as taças!.


Sim,


não me faz falta teu corpo,


terei outros para me servir de cobertor,


ou,


apenas lençol para forrar meus olhos.


Não me lembro mais da voz suave,


nem do perfume dos teus longos cabelos negros,


nem mais me arde a pele, quando sinto o toque das tuas mãos.


Não serei conquistado,


pois sempre conquisto,


não ficarei pensando


,no que fazer para te esquecer,


pois de ti,


nunca me lembrei.


Quando eu conseguir,


acreditar em tudo isso que te digo agora,volta!.


Pois se já estive triste,


nunca estive tão triste assim,


em dizer tudo quanto,


já temi em ouvir de você.


O Pior dos medos,


também de modo inverso,


acontece.


Thiago Henrique.

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Destes Frutos.








Deixa,



Que as boas coisas,



Tenham vontades,



E vida própria.



Permita que as más existam,



E sobrevivam em nosso meio,



Desta união nasce a sobrevivência,



E somos frutos Deste casamento.



Não teime,



Em ser perfeita,



Seja apenas comigo,



Para brindarmos mais um vinho.



Somos,apenas frutos,



De nossa inimizade,



Travando batalhas,



Pela guarda do amor.

Thiago Henrique.
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Por teus olhos castanhos


O dia está seco

O Sol quase mata quem atravessa o leito do que antes fora um rio.
(Caminha-se por toda a extensão rachada e marrom-acinzentada do que antes era um límpido afluente azul).

Os transeuntes apressam o passo.
Param debaixo dos Umbuzeiros como se quisessem retomar as forças para persistir na caminhada.
Recorrem às sombrinhas.
Algumas senhoras abanam as saias, na esperança que algum vento atrevido diminua-lhes o calor.

E necessitam. O calor está de matar lá fora.

Eu aqui vejo tudo pela janela, debruçada sobre uma brisa que vem não sei de onde.

Porém, se teus olhos castanhos me fitassem e me pedissem para ficar alheio a tudo e te admirar na calçada

Eu ficaria sob o Sol a pino

E teria frio hoje.

(Jessiely)

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Imaginando





E se não houvesse os caminhos,
Onde perco o que procuro?

E se não houvesse a mentira,
A dor, o absurdo?

E se não existisse o porém,
O porquê e o inexplicável?

Ou a dor que me persegue?
Ou o medo do acaso?
Ou a tristeza... A solidão?

E se não houvesse a saudade?
Que machuca, dilacera.

E se não houvesse a fome,
Naquela maldita viela?

E se eu não pudesse reinventar-me,
Ter ilusão?

E se não houvesse isso tudo...
Para que serviria a minha imaginação?
(Jessiely)

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Folha Morta



Eu sou a folha que cai no chão
Expulsa da árvore,
Escolhida a dedo pelo acaso,
Dormindo na quentura do asfalto
Que treme nas entranhas
Enchendo-a de medo.

Enquanto sente o calor
Queimar sua pele amarela,
Anseia o sopro do vento
Para levá-la ao anonimato daquela
Vazia viela.

Mas não tem vento.
E se não tem vento, o tempo
Carrega os carros que vêm
Passando no sinal verde.

- verde eram as outras
ainda presas na árvore,
antigas companheiras -

O vento não veio mesmo.

A pequena folha morreu no asfalto esmagada
E a visão do céu foi lhe foi tomada
Por pneus negros
De borracha.

André Espínola

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segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Sobrevive







Converso com o relógio
E bebo junto com os ponteiros
Mais uma dose da tua ausência

Danço tango com o tempo
E embriagado
Eu gargalho da dor
Conto para a lua nossa historia
Ela como boa amiga, conforta-me
Dizendo que todo amor verdadeiro
Sobrevive a dor, a ausência e ao tempo


(Marcos Meurer)

domingo, 28 de outubro de 2007

Louca e Pura





Lua
Na amplidão
observando-me
solitária
Esquecida,

redonda
pálida
nua

Não creia que sou
inocente
Ou que não conheço
Meu lado (obscuro)
Também tenho fases
Conheço estas ruas.

Sei que sigo sozinha
Essa estrada
Saiba, conheço
Tua forma de zombar
Disfarçada.
Finge que esconde segredos:

(- Não sei
Onde esta meu amor
Não me conte
Mais dissabor
Tenho medo.)

Vou seguindo;
A noite é clara,
A estrada fechada,
Iluminada por vaga-lumes.

Quero os braços
De quem amo
Para que não
Cesse o encanto
Nem a solidão
Se acostume.

Refaço a rota
Volto ao quarto
No reencontro
- sou louca
E pura -

Fecho as janelas
Não deixo frestas
Para a Luz

E os nossos
Corpos nus
Tu não verás

Lua.


(Jessiely)

Papéis Trocados

A noite é um passeio da morte por entre a cidade
Que dorme seu sono cansado e nervoso,
Bebendo junto aos bêbados soltos
Na madrugada.

A inércia de tudo não anuncia um jazz louco
Que toca em bares no meio de ruas
Negras, suadas e desertas.

- o vento carrega para longe
o solo seco e solto do saxofone,
e o frio que consigo traz e leva
é um banho de vida que a morte entrega -

Na noite a morte se embriaga
Com tragos nos lábios de putas em fim de expediente,
Como um carente cliente
Que com carinho a beija e a afaga.


Na manhã ela retorna ao seu ofício
E espalha suas vítimas que dormiram tranqüilas
Nas suas camas quentes e forradas.

- os óbitos da noite
foram assassinados pela própria vida -

André Espínola


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sábado, 27 de outubro de 2007

Teu Silêncio



Ecoa impiedoso
E me deixa perdida
Entre sonhos loucos
De uma vida antiga

Vagueia
Por esta
Sala branca
E me deixa
acuada
À margem da vida

Lembro-me
Um dia houve festa,
Vozes, sorrisos;
E não faz muito tempo:
Tu estavas comigo.

Agora
O silêncio impera
E meu olhar
Presta-se
A algum vício antigo

Odeio estar só
E ouvir o que fala
A minha consciência:
Não quero crescer
E perder o que resta
Da minha inocência

Tenho medo do escuro,
Tenho medo da morte,
Medo de perder a direção.
Porém
O maior dos meus medos
É estar em silêncio
E não ouvir teu coração.

Medo de ouvir só teu silêncio...
Perder-te para a solidão.


(Jessiely)




sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Hoje,Moribundo.



A minha vida,
passou como tudo que passa na vida,
só não passou o que dava graça,
o amor que tenho por você.

Disse-me Adeus,
só porque deu quase tudo
errado,
sem dar chances de poder
consertar quase tudo.

Hoje,
mais próximo do meu último momento
permaneço calado,
e só o barulho das lembranças
dos dias felizes de outrora
correm por esta casa.

Da mesma forma,
que me encontro agora
era como ficávamos
depois de uma briga qualquer.
Mas hoje,
esta lembrança só pertence a mim.

Quem no final desta vida
vai aturar meus absurdos?,
Quem vai suportar os meus abusos?,
E para quem, faço as últimas promessas de amor?,
você foi embora
antes que eu pudesse estender-lhe a mão
pela última vez, e fechar os olhos.

Sou apenas eu,
com a última esperança
de que possas me ouvir
pela última vez :"te amo",

Eis o último pedido,
vindo hoje,
de um moribundo.



Thiago Henrique.
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Ciclo de Manadas




Após a passagem da manada
De ônibus gigantes,
Escuta-se apenas
Um silêncio fúnebre.

Parece que assim
As coisas sem vida começam
A conversar entre si.

O asfalto agradece a iluminação
De um poste que fode,
A calçada que não foge,
Penetrando-a para além do chão.

E um plástico branco deixa-se levar
Como um bêbado na cidade,
Que no meio da noite não sabe
Para onde vai, nem de onde vem.

O som volta,
O silêncio se cala
E a vida acorda.

E lá longe, em manadas,
Novos ônibus vêem.

E mantém
Esse ciclo que nunca acaba.

(André Espínola)


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quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Inerte


Pendurada na corda bamba
Dos meus sonhos,
Desafio à gravidade,
Inerte e imune
À realidade.

Trago teu silêncio
renitente
Para meu quarto.

Madrugada nas cortinas,
Despida Lua
E teu retrato
orvalhando
Pela cidade.

Pobre de mim
Que lancei
Meus desvarios
Sob o nada
E perdi
Minhas razões
Em certezas absurdas.

Pobre desses sonhos
Tão mutantes,
metamorfoses
Lancinantes,
Mãos fecundas.

- há sempre uma
tristeza
Nessa sala
Que me inunda -

Nesses momentos
De insensatez profunda,
Sou menina.

E apenas
O teu olhar
castanho

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Surya





O Sol
Que alimenta
Seu corpo
Nas madrugadas
Sem vida

Nasce em meu ventre
E te guia
De encontro ao céu:
Raios de Surya

O corpo que banho
A luz
Que a clara manhã
tece

É o mesmo
Que na noite
Foi teu
E o calor
Que se entrega,
entorpece

Ah, noites!
Nas quais te beijo
E renasço
-Entre prazer
E espelhos-

E que no fogo
No breu
Explosões...
Sol do escuro


Te aqueço.


(Jessiely)



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A Criança e As Formigas


Numa multidão de formigas
Saciando-se em ordem absoluta
Nas gigantes minas
Dos pedaços de bolo estragado,
Eu sou a criança que mira
Gigantes gotas d'água
Em suas cabeças mínimas,
E se regozija
Ao vê-las, desordenadas
E perdidas,
Correr de um lado para o outro.

Cadê a paz?
Cadê a segurança?

No sorriso inocente da criança.


(André Espínola)


terça-feira, 23 de outubro de 2007

Perfume de Mulher




Meu coração
Às vezes é janela,
Às vezes, gaiola..

E me deixa sempre assim
Meio amparada,
Meio só.

Meu sentimento
Não tem regra:
magoa,
chora.

Noite fria
Me reclamo
Mas, não sei
Se me zango
Ou se me tenho
Dó.

(teu amor),
Ah, nem sei,
Tenho medo
(De ser só)


Meu passarinho
Não te prendo,
Nem te privo...

Repara bem
Se não sou
Ilusão de ótica
E se me quer.

Não tenho
Tantos atributos
Quanto a Rosa
Mas, não
Me ressinto.

Prefiro ser
Girassol...
Com perfume de mulher.

Meu coração
É meio janela,
Meio gaiola


estarás
preso
A mim
se
Quiseres


(Jessiely)

Afrodite em Boa Viagem




Na beira da praia de Boa Viagem,
Meus olhos fitam atentos o mar,
Como que à espera
D'alguma aparição divina.


Talvez saísse de lá
Com o corpo molhado e nu, Afrodite,
Como saiu em tempos antigos
Das espumas fecundadas da Ilha do Chipre.


- enquanto as ninfas cantavam
e os deuses excitados regozijavam-se,
alguém na beira da praia chorava
sozinho e triste -

Mas Afrodite não vem.

Nem tu também
Emergirás das águas do Recife.




(André Espínola)

Maracatu





O Corpo corresponde
Aos apelos do som
Que me impõe
A cidade antiga

Os braços flutuam
Entre o Céu e a rua,
Entre a torre e o mar,
Entre o vinho e a Lua.

A ciranda que tece
O bailar ritmado.
Os pés que batem
Com força no chão

Um barco que aporta,
Um farol que ilumina,
A escada sem fim,
Que descortina a imensidão.

E o vinho
Que despertou as lágrimas
E te sorveu para o meu coração.

A Rua da Moeda,
As nuvens carregadas,
E a chuva
Que cismou em não cair.

Agora
Ouço
Maracatu
Longe
De ti.

(Jessiely)
Comunidade da autora :

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Em verdade Amor Verdadeiro.




Vivi,
Toda uma vida,
Em busca de um amor verdadeiro.

Não percebi que,
Amores verdadeiros,
Realmente não existem,
Da forma que se imagina.

Até mesmo quando, existem falsas promessas,
Ficam á fazer parte do que é verdadeiro,
Pois mais ainda quando não há possibilidades,
Grande é a vontade de se fazer cumprido,
O desejo que expõe o amante!.

Amores verdadeiros,
São simplesmente,
Espelhos que refletem o amado,
Cheio de defeitos,
Confusões,
Decepções e incertezas (...),
Mas são puros,
Em essência.

Demorei para descobrir,
Que o amor verdadeiro,
Não está ligada ás formas incondicionais de doá-lo,
De todo santo dia,
Nem mesmo,
A promessa de dois ocuparem o mesmo espaço,
Todos os dias,
Pelo resto da vida.

Para tê-lo,
É preciso saber aceitá-lo,
Pois,
O verdadeiro amor,
É simplesmente,
Humano.
Autor : Thiago Henrique.
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