Do que valem as palavras,
Do que vale todas as paixões que ela é capaz de traduzir?,
Palavras sobrevivem ao tempo,
E os amantes perecem,
E delas se esquecemem um outro momento.
A vida que consta nos versos,
É eterna,
A intenção da qual nascem,
Podem aflorar,
Mas é como se nunca tivesse existido.
Bem aventurada é a escrita,
Que em novos corações,
Faz morada,
E de coração em coração,
Escrevem a tradução daquela primeira paixão esquecida.
L'engagement : Breve explicação.
Os poetas Marcos Meurer, André Espinola, Thiago Henrique e Jessiely Soares , postam aqui seus poemas e prosas.
Todos os dias, um texto inédito ao seu alcance!
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Sejam bem vindos !
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Esquecida Paixão.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Obra Prima
Uma banal carta de amor,
Derramando suas lágrimas,
Da tua lágrima á rolar pelo teu lindo rosto,
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e-mail : thiaho@hotmail.com
sábado, 24 de novembro de 2007
Nos teus olhos verdes,
Há duas pequenas poças de mar
Fora do oceano.
As águas são calmas,
E Netuno não é soberano.
Não preciso de vento
Nem de vela.
- Éolo que mande seus ventos
para outros cantos! -
Basta-me teu olhar,
Para neles seguir navegando.
Autor: André Espínola
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Te Guardo aqui
Não sou areia
Nem ventania
Sou como onda
Já rebenta
Em teu olhar
Paraíso?
A inércia
Dos minutos ritmados
Com o bailar
Dos teus cabelos
Vento manso
Espuma branca
Mar bravio
Ainda trago
Tuas marcas
Em meu espelho.
Sabe-se lá
quantos
monstros
marinhos
perderam-se
Nas vagas
Que insistimos
Em atravessar.
Terra firme
Não tão firme
Quanto tua voz
escondida
Sob seixos,
Sob relva
respingos
salgados
Que se misturam
Ao vinho
No silêncio
________[da espera].
Minha voz
perdida
Na tua
Onde o mar
De ambos os lados
Chora e lança-se
Entoando cânticos
As deusas nuas
Porém tristes
- eu canto
apenas
Para agradecer
Que tu existes-
Dormem em seus leitos
Vis tesouros
naufragados
De tantos navios
Que passaram
E eu não vi.
Na terra firme
Vive meu anjo
barroco
De tão
embriagado
Em seu vinho
barato
Nem desconfia
Que o observo
A dormir.
Enquanto
As sereias nuas
enfeitiçam
Os canoeiros
Eu te guardo
Aqui.
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(Jessiely)
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Luzes dos Postes da Cidade
Foto: Pracinha em Recife, de Felipe Ferreira
Salve as luzes dos postes da cidade
Que me guiam à desconhecidas ruelas,
E a desertos
E secretos
Lugares.
Onde há rua,
Mas nela não passa carros,
Enquanto a calçada insinua
A virgindade de passos.
Salve as luzes dos postes da cidade,
Aqueles que nunca se apagam,
Pois os que apagam
São inimigos da civilidade
Vagabundista,
Que do mar não resgata
Seus filhos naufragados no submundo
Da madrugada.
E salve!
Salve as luzes dos postes da cidade!
Porque não quero ficar bêbado no escuro.
André Espínola
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Belos Absurdos.
Se deixe emocionar,
E minhas palavras te levarão,
Á uma nova estação.
Não me deixe pagar,
Por todos que não tiveram a verdade,
Mais do que uma prioridade,
-uma devoção-,
E não deixe que esta maldade,
Sufoque essa paixão!.
Espero te encontrar,
No infinito azul escuro,
Da ilusão(...),
E em passos apertados,
Sair pelo mesmo ponto de fuga,
Que com seu batom desenhei.
Que meu corpo,
Em seu corpo,
Sejam símbolos de um sentimento maior,
E não costumeiros desencontros.
Dá-me,
O gosto que procuro,
Que promete a perfeição do contorno de teus lábios,
E a dignidade de não precisar,
Ajoelhar-me(...),
Pois passou uma estrela cadente,
E novamente,
Creio em tudo,
E mais uma vez disposto á viver,
Belos absurdos.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Tela de Monet
Quando te olho
Que somos
Tal qual
Uma tela
De Monet.
De perto
Somos pingos
E respingos
Misturados.
matizes
embriagados
Tornando o concreto
(des)concreto
De longe
Se nos olharmos
veremos
Que somos
desenho
Que o destino
pintou
Certo.
Uma bela tarde de Sol
Uma ponte que cruza o jardim
Um canteiro
Rasgado a um canto*
Teu sorriso
Cheirando a Carmim
perdido
Entre flores
machadas
Minhas mãos que
Desenham tuas mãos
Brincando com
A sombra das calçadas
Tudo isso passaria
fugaz
Se não fôssemos
pintura
arraigada
Sim,
Tenho ainda mais
certeza
Somos tela nova
Ainda escorrendo
A tinta molhada
Somos mais que desenho perfeito
Somos pingos
pingados
No peito
De algum artista
bêbado
Da madrugada.
(Jessiely)
sábado, 17 de novembro de 2007
A Fábrica.
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Girassol em meu olhar
Ninguém avisou
Que os segundos
Magoam o peito
Que antes eu
Julgava indolor.
Ninguém
explicou
Que o girassol
Em meus olhos
chora
E cada lágrima
derramada
Carrega um pouco
Da sua cor
Mas eu descobri
Meu rosto manchado
De certo matiz
Marrom amarelado
Carrega a dor
Solene da saudade
E essa brisa
indomável
Que carrega a chuva
Afaga os meus cabelos
Traz gotas
De orvalho:
Pura maldade.
Me deixam
calada
Com canções imaginárias
Pedaços de solidão
Numa terça feira
À tarde.
(Jessiely)
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quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Poço Inesgotável
André Espínola
domingo, 11 de novembro de 2007
Sobras de Nóe
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Esperança Arrependida.
E,
"já não encontrará no encontro de nossos olhares,
Porém esmureço,
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Canta Um Jazz Pra Mim
Sob minha cabeça
Foi pintado na parede
Distante
Do Universo.
E tu te pareces com ele.
Não teu corpo,
Ou tua voz parecida
Com a de Nina Simone,
Cantando um jazz anônimo
E sem nome.
- só ao ouvi-la
troco versos
em estrofes dissonantes -
Mas tu és como o céu,
Tão longe, e ainda assim,
Tão perto.
O movimento das tuas nuvens,
Posso senti-los daqui.
Então amor, canta um jazz para mim.
André Espínola
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quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Entre as mãos
Que perdeu o rumo
Entre as promessas
(des)feitas.
Resignada
Ao fim
Em idade tão tenra
Ela ainda
Oferece à vida
A cor intacta
Da alma.
Vã oferenda
A vida detém as cores
E almas
furtivas
Tão ou mais coloridas
Que a dela, sutil
E já desfeita.
Só não tem
O detalhe
infinito
Da paisagem
Que desenhaste
No foco
Do meu olhar
Nas mesmas ondas
Que todo mundo
vê
Que beija a areia
E apaga os beijos
Ao retornar
Tu d(escreves)tes
Um caminho
traçado
contínuo
Ao segurar minha mão
Nossos passos
Não ficaram
Mas a vida
Tingiu meus pés
Despistou segredos
Confessou sua razão.
O amor deixa suas cores
A vida se esvai
Mas as marcas que o mar
Não carrega
A brisa traz
escondida
Entre as mãos.
(Jessiely)
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Dia de chuva
Hoje está chovendo.
(Jessiely)
O que dirás?
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Última Atribulação.
Qual é a justa medida?,
Ca(a)tinga do Coração
Verias que ele tem
Pois eis meu coração,
Ei-lo na tua mão.
Abraçá-lo-ias ainda?
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Véu de Estrelas
Preso no firmamento
Um véu de brancas estrelas
Desenha teu rosto.
Eu, inanimada
Apenas imagino
Se no teu infinito
(re)desenhas meu corpo.
No que penso
Defino
Entre tantas invenções
Um encontro
Um destino
(segundas) intenções
E fico
Sagradamente deitada
Sob o céu de antigos
Sonhos estelares
E se miras
Meu rosto
Do teu trono
Sobreposto
Sobre os anos-luz universais
Verás que sou pedaço
De tua constelação
Estrela
Que te alimenta de luz
Nada mais.
(Jessiely)
domingo, 4 de novembro de 2007
Expressão sem Tinta.
sábado, 3 de novembro de 2007
Praia das Utopias.
Sou toda uma promessa,
Poesia Muda do Mundo
Enquanto eu escrevo esta poesia
O restante do mundo faz o mesmo.
Os pássaros escrevem suas aventuras
Pelos caminhos inconstantes do vento
Num galho de árvore,
Que, por sua vez,
Escreve poesia como pequenos pensamentos
Registrados na madeira do tempo
De seu caule,
Onde também serve
De página marrom para vermes,
Lagartas e formigas
Que escrevem as impressões mortas
De suas vidas.
- por isso os hastes
das árvores
são cheios de rugas -
A minha poesia,
Em sílabas e metáforas mal colocadas,
É fraca e pobre.
A deles é mais rica.
Genialidade muda.
André Espínola
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sexta-feira, 2 de novembro de 2007
O Pior Inverso dos Medos.
Você não é minha alma gemêa,
minha alma já é bastante pertubada assim,
sozinha.
Deixe meus sonhos em paz,
não queira me fazer disparar o coração,
por um beijo,
pois acordado já tive incontáveis e melhores.
Não queira vir provar á mim ,
que depois que te conheci,
já não aprecio mais o velho e bom vinho,
se você não estiver ao meu lado para tilintar as taças!.
Sim,
não me faz falta teu corpo,
terei outros para me servir de cobertor,
ou,
apenas lençol para forrar meus olhos.
Não me lembro mais da voz suave,
nem do perfume dos teus longos cabelos negros,
nem mais me arde a pele, quando sinto o toque das tuas mãos.
Não serei conquistado,
pois sempre conquisto,
não ficarei pensando
,no que fazer para te esquecer,
pois de ti,
nunca me lembrei.
Quando eu conseguir,
acreditar em tudo isso que te digo agora,volta!.
Pois se já estive triste,
nunca estive tão triste assim,
em dizer tudo quanto,
já temi em ouvir de você.
O Pior dos medos,
também de modo inverso,
acontece.
Destes Frutos.
Deixa,
Que as boas coisas,
Tenham vontades,
E vida própria.
Permita que as más existam,
E sobrevivam em nosso meio,
Desta união nasce a sobrevivência,
E somos frutos Deste casamento.
Não teime,
Em ser perfeita,
Seja apenas comigo,
Para brindarmos mais um vinho.
Somos,apenas frutos,
De nossa inimizade,
Travando batalhas,
Pela guarda do amor.
Thiago Henrique.visite o blog do poeta : http://ocalice.uniblog.com.br
Por teus olhos castanhos
O Sol quase mata quem atravessa o leito do que antes fora um rio.
(Caminha-se por toda a extensão rachada e marrom-acinzentada do que antes era um límpido afluente azul).
Os transeuntes apressam o passo.
Param debaixo dos Umbuzeiros como se quisessem retomar as forças para persistir na caminhada.
Recorrem às sombrinhas.
Algumas senhoras abanam as saias, na esperança que algum vento atrevido diminua-lhes o calor.
E necessitam. O calor está de matar lá fora.
Eu aqui vejo tudo pela janela, debruçada sobre uma brisa que vem não sei de onde.
Porém, se teus olhos castanhos me fitassem e me pedissem para ficar alheio a tudo e te admirar na calçada
Eu ficaria sob o Sol a pino
E teria frio hoje.
(Jessiely)
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