Se tu desdobraces meu coração
Da morada tranquila do meu peito
Tal qual um corte
No bucho inchado de um bode
Desferido pelo facão
Enferrujado
Do sertanejo,
Verias que ele tem
A catinga da caatinga
Das mais ensolaradas manhãs
Inundadas pelas águas poluídas
Do canal da minha Agamenon Magalhães.
Pois eis meu coração,
Em sua forma pura,
Cardíaca,
Sem idealizações.
Ei-lo na tua mão.
Abraçá-lo-ias ainda?
Ou tuas poesias,
Todas,
Fora jogarias?
André Espínola
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